Braulio Henrique Dias Viana salienta que o pricing estratégico baseado em valor transforma a precificação em vantagem competitiva ao conectar preço, percepção do cliente e proposta de valor. Em vez de partir do custo, a empresa começa pela disposição a pagar (WTP), pelo problema resolvido e pelos diferenciais comprováveis. Assim, a estratégia de preços sustenta margens, melhora mix e acelera crescimento, apoiando decisões sobre segmentação, posicionamento e portfólio com dados, testes e governança que evitem descontos indiscriminados e erosão de rentabilidade.
Pricing estratégico baseado em valor: diagnóstico de mercado e disposição a pagar
O primeiro passo é entender segmentos, tarefas a executar (Jobs to Be Done) e atributos que realmente movem a percepção de valor. Pesquisas de WTP, conjoint, entrevistas e análise de uso revelam quais elementos justificam prêmio de preço e onde o produto é visto como “commodity”. Com esse mapa, a empresa define price fences, políticas de desconto e níveis de serviço que preservam a equidade entre segmentos, evitando canibalização e promovendo diferenciação clara frente aos concorrentes.
Nessa etapa, Braulio Henrique Dias Viana analisa que a segmentação orientada por valor reduz decisões reativas e prioriza pacotes com benefícios tangíveis. Combinações de versionamento (good–better–best), bundling e ancoragem de referência ajudam o cliente a comparar opções e escolher o tier adequado. A precificação por valor também orienta a narrativa comercial e o design de proposta, fortalecendo argumentos que sustentam preço, elevam taxa de conversão de tickets superiores e protegem a margem de contribuição.
Métricas, elasticidade e alavancas de margem
Para transformar percepção em resultados, métricas são indispensáveis. Medir elasticidade de preço por segmento, pocket margin (waterfall), mix de canal, CAC, LTV e churn mostra onde preço captura valor ou destrói demanda. O decompositor preço–volume–mix isola o efeito de cada alavanca, permitindo calibrar reajustes, reduzir “vazamentos” (frete, impostos, comissões) e ajustar pacotes. Com dados confiáveis, as revisões deixam de ser generalistas e passam a ser cirúrgicas, com foco em rentabilidade sustentável.

Adicionalmente, Braulio Henrique Dias Viana observa que a cadência de testes evita apostas cegas. Experimentos A/B com níveis de preço, condições comerciais, garantias e trials revelam curvas de resposta reais. Painéis executivos acompanham indicadores críticos, adoção, margem por cohort, ticket médio, win rate e tempo de payback, e sustentam decisões sobre ampliar pilotos, recuar ou reprecificar. O objetivo é aprender rápido, escalar o que funciona e institucionalizar o conhecimento no playbook comercial.
Governança, testes e adoção no portfólio
Governança de pricing é tão importante quanto o modelo analítico. Regras de concessão, alçadas de aprovação, trilhas de capacitação e auditoria de descontos criam disciplina e reduzem exceções. Um comitê de portfólio revê trimestralmente tiers, bundling e políticas de renovação, alinhando marketing, vendas, finanças e operações. Essa estrutura garante consistência entre promessa, entrega e cobrança, evitando desalinhamentos que corroem confiança do cliente e resultado financeiro.
Em paralelo, Braulio Henrique Dias Viana reforça que a adoção deve ser progressiva. Inicia-se por linhas com dados mais robustos e risco controlado, migra para contas estratégicas com ofertas personalizadas e, por fim, consolida-se em toda a base com comunicação clara de valor. Playbooks, calculadoras de ROI e estudos de caso dão suporte ao campo, enquanto dashboards visibilizam efeitos por segmento. Assim, a organização sustenta reajustes sem ruptura, elevando receita recorrente e qualidade do crescimento.
Riscos comuns e caminhos de implementação
Os erros mais frequentes incluem confundir valor com custo, aplicar percentuais lineares a toda a base, negligenciar price fences e ignorar efeitos de segundo ordem no ecossistema (canais, parceiros, logística). Outro risco é adotar métricas sem padronização, produzindo sinais ruidosos. A mitigação passa por dados bem governados, hipóteses explícitas, experimentação incremental e ritos de revisão que ligam aprendizado a decisões formais, preservando margens e reputação.
Por fim, Braulio Henrique Dias Viana evidencia que o pricing estratégico baseado em valor é um sistema contínuo, não um evento anual. Ele integra pesquisa, design de oferta, métricas e governança para capturar o que o cliente realmente valoriza. Quando bem implementado, reduz a dependência de descontos, melhora previsibilidade de caixa, orienta inovação de produto e suporta crescimento com rentabilidade, equilibrando competitividade e disciplina financeira em mercados voláteis e altamente disputados.
Autor: Astranis du Fae